A saga Crepúsculo sob a ótica cristã


Com uma abordagem simples, Dave Roberts faz uma análise da série de livros escritos por Stephenie Meyer em sua obra ‘A sedução do Crepúsculo’¹. Engana-se quem pensa que deve ser lido apenas por quem não acha graça na saga ou que o escritor se prenderá em, apenas, criticar de forma negativa.
Roberts desvela assuntos comuns e importantes que, no entanto, passam despercebidos pelo leitor. E não acho difícil serem imperceptíveis diante de uma história que apresenta uma garota comum, cheia de complexos consigo mesma, envolvida no centro de um triângulo amoroso, no qual as outras duas pontas são um vampiro e um lobisomem. Somando a isso há ação pelos combates entre vampiros do bem e do mal, vampiros e lobisomens e etc.
Questões como consumismo, sexo, poder, culto à beleza e a salvação, presentes nos quatro livros e, também, em ‘Sol da meia-noite’ (obra narrada por Edward, mas que não foi concluída por ter “caído” na internet antes) são extraídos e colocados à luz da Bíblia. Por exemplo, se tratando de poder nos maravilhamos com os diversos dons que os personagens possuem como ver o futuro, ler os pensamentos das pessoas ou bloquear qualquer outro poder. Esquecemos, porém, que não precisamos possuir estes poderes para ajudar a quem amamos ou para sermos felizes.
Você pode pensar “Ah, eu sei que no fundo tudo isso não passa de ficção”. Ok, também penso assim, mas sejamos francos que, muitas vezes, acabamos por mergulhar no mundo fantasioso que permeia em diversos livros.
O autor não visa julgar com dois pesos e duas medidas. Reconhece que há elementos dignos de aplausos como o amor fraterno dos pais por Bella, a união da família Cullen, sacrifícios feitos em prol de um amigo, o perdão, o valor a vida e outros. Para os que já leram a saga ou não (como eu) o também jornalista e palestrante deixa a seguinte dica: “Aprecie a história, mas não deposite nela a sua fé.”

¹ O livro pode ser adquirido pelo site da Mundo Cristão

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