Dica de filme - Os Homens que Não Amavam as Mulheres


Manter o espectador sentado por 159 minutos não é tarefa fácil, mas o diretor dinamarquês Niels Arden Oplev consegue com o primeiro filme da saga literária Millenium, escrita pelo já falecido Stieg Larsson. ‘Os homens que não amavam as mulheres’ inicia de forma lenta aumentando a tensão gradativamente e os eventos vão se entrelaçando, garantindo valor a cada minuto para quem o assiste.
Lisbeth Salander (Noomi Rapace), protagonista do enredo, vai ganhando destaque no mesmo ritmo que o longa parecendo, num primeiro momento, uma personagem secundária. Não é uma heroína indefesa esperando por seu salvador nem muito menos uma criatura difícil de engolir. É um ser humano. A pessoa que cometeu um crime grave no passado é a também vítima do presente que, no entanto, não permite que os problemas de antes e do agora interfira no seu trabalho como hacker em uma empresa especializada em investigação. Talvez seja o segredo de seu sucesso tanto na literatura quanto no cinema. Noomi representa magnificamente e sua transformação para o papel, literalmente, dos pés a cabeça chega a ser admirável.
O caminho da garota cruza com a do jornalista Mikael Blomkvist (Michael Nyqvist) encarregado de investigar o desaparecimento (e suposta morte) de Harriet Vanger (Julia Sporre), sobrinha de um rico empresário sueco, Henrik Vanger (Sven-Bertil Taube).
Os outros dois filmes da série, ‘A menina que brincava com fogo’ e ‘A rainha do castelo de ar’, ainda estão sem data para estrear no país. Uma pena para os antigos e novos admiradores por terem de esperar o desfecho da parceria entre Salander e Blomkvist, mais ainda para a distribuidora, por desperdiçar, quem sabe, sucessos de bilheteria.


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